Quando a gente fala em café especial, cada detalhe importa — da torra ao método, do moedor ao filtro. E se você prepara café com coador de papel, já deve ter se perguntado: afinal, qual filtro é melhor — o branco ou o natural?
Não é só estética. A escolha do filtro pode sim afetar o sabor, o impacto ambiental e até a sua experiência de preparo.
Hoje a gente te ajuda a entender o que realmente muda entre eles — e como escolher o filtro certo para o seu momento cafeeiro.
☕ Onde tudo começou: a invenção do filtro de papel
A história é curiosa: lá em 1908, na Alemanha, uma mulher chamada Melitta Bentz queria um café mais limpo, sem aquele pó no fundo da xícara. Pegou um papel mata-borrão do caderno do filho, moldou no coador, passou café... e voilà: nasceu o primeiro filtro de papel da história.
De lá pra cá, a indústria evoluiu, surgiram diversos métodos e tamanhos — mas o dilema entre filtro branco e filtro natural continua na mesa.
🔍 Filtro branco: clareado, mas nem sempre vilão
Os filtros brancos passam por um processo de branqueamento — geralmente com oxigênio ou cloro em baixas doses. Hoje, esse processo é considerado seguro para o uso alimentar e não altera o sabor, desde que o filtro seja enxaguado antes.
Ponto de atenção: o branqueamento com cloro, apesar de comum, pode gerar resíduos prejudiciais ao meio ambiente. Por isso, se optar pelo filtro branco, prefira os oxigenados — normalmente indicados na embalagem.
✅ Prós:
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Visualmente mais limpos
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Menor chance de gosto de papel (se enxaguado)
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Bom fluxo de extração
❌ Contras:
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Impacto ambiental maior (em alguns casos)
🌱 Filtro natural: menos processamento, mais cuidado
O filtro natural é aquele marrom claro, sem branqueamento químico. Como exige menos processamento, costuma ser mais amigável ao meio ambiente.
Porém, é comum que solte mais gosto de papel — principalmente se não for bem enxaguado antes da extração.
✅ Prós:
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Opção mais ecológica
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Visual mais rústico e natural
❌ Contras:
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Pode alterar o sabor se não for bem lavado
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Exige atenção à qualidade do papel
💡 O truque definitivo: enxaguar (sempre!)
Independentemente do tipo, o que realmente vai melhorar seu café é enxaguar bem o filtro antes do uso. Isso remove possíveis sabores de papel e ainda pré-aquece seu equipamento. Um passo simples que faz toda a diferença.
Como fazer:
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Posicione o filtro no porta-filtro
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Despeje água quente até molhar toda a superfície
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Descarte essa água
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Siga com a extração
Dica extra: se mesmo com o enxágue você sentir gosto de papel, vale testar outra marca de filtro.
🧠 Espessura, compatibilidade e qualidade: tudo conta
Além da cor, observe:
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Espessura: filtros mais grossos seguram mais óleos e partículas — ótimos para cafés mais limpos. Filtros finos deixam passar mais corpo e podem acelerar o fluxo.
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Tamanho correto: respeite a compatibilidade com o método (V60, Kalita, Melitta, Chemex, etc.)
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Qualidade do papel: evite os muito baratos — eles comprometem a bebida, independentemente da cor.
E aí, qual é melhor?
Não existe um único certo. A resposta ideal é: aquele que combina com seu paladar, com seu método e com seus valores.
Aqui na Verena, a gente costuma usar filtros brancos oxigenados, mas também adoramos explorar os naturais quando buscamos uma extração mais delicada. O importante é entender que o filtro não é só suporte — ele também extrai.
Dica super especial: teste todos os filtros, analise e anote tudo — tempo, fluxo, sabor. O segredo é: testar, testar, testar.
🌿 A dica final da Verena
Se o seu café está ficando com gosto estranho, não culpe o grão logo de cara. O problema pode estar no filtro.
Testa, compara, sente. Café especial é isso: ritual, atenção e afeto no preparo. 🌱
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