Por que o café ficou mais caro? (E por que isso importa pra você que ama café de verdade)

Por que o café ficou mais caro? (E por que isso importa pra você que ama café de verdade)

Nos últimos tempos, muita gente tem me perguntado: "Por que o café tá tão caro?"

 

E a resposta nunca cabe numa frase só. É o tipo de pergunta que atravessa a lavoura, o porto, o dólar, o tempo e até o nosso paladar. Porque o preço do café não sobe sozinho — ele carrega uma cadeia inteira nas costas.

Se você também notou essa mudança no bolso (ou na xícara), te convido a entender o que está por trás desse movimento. E mais: por que esse cenário pode ser, sim, uma oportunidade pra quem busca café com propósito e qualidade.



1. Como o café é comercializado?

Antes de mais nada, vale entender que o café não é vendido como um produto comum. Uma safra colhida, por exemplo, no meio de 2023, começa a ser vendida no fim do ano e segue em circulação ao longo de 2024. Ou seja: qualquer impacto climático, logístico ou econômico vivido naquele ciclo reverbera por muito tempo.

Foi o que aconteceu com as safras recentes no Brasil — secas severas, geadas e até queimadas comprometeram o volume e a qualidade dos grãos. E isso, claro, mexe com o preço final que chega até a nossa torrefação (e depois, até você).

 

2. Quando o café é "fake"

Com o aumento dos preços, começaram a pipocar opções de cafés adulterados — os famosos “cafakes”.
Sabe aquele pacotinho que parece café, mas tem milho torrado, casca, galho e até impurezas liberadas por lei? Pois é. Isso existe. E muita gente acaba consumindo sem saber.

E não é só aqui no Brasil. Estive em Lisboa no final do ano passado e vi cevada sendo torrada como se fosse café — vendida, inclusive, em embalagens sofisticadas. O consumo alternativo cresce, mas nem sempre é por escolha: às vezes, é por necessidade.

Por aqui, a gente escolheu outro caminho: trabalhar apenas com cafés especiais, livres de impurezas, rastreáveis e cheios de história. Porque café de verdade precisa ser limpo, fresco e feito com respeito.

3. O que realmente impactou o preço do café?

Vários fatores se juntaram nos últimos anos:

  • Clima: seca no Brasil, chuvas excessivas na Colômbia e no Vietnã. Resultado: menos café, mais disputa.

  • Pandemia: o consumo de café explodiu nas casas, especialmente na Ásia. A demanda subiu, o estoque caiu.

  • Inflação: fertilizantes e defensivos encareceram (muito por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia).

  • Frete marítimo: o transporte ficou até 5x mais caro com o aumento do diesel.

  • Bolsa de valores: o café é cotado em dólar. Em dezembro de 2024, bateu recorde histórico.

Não é pouca coisa, né?

4. E o futuro?

As projeções mostram que só em 2027 o mercado deve se equilibrar. Até lá, o preço tende a seguir alto. Mas isso não precisa ser motivo de desânimo — pelo contrário.

É justamente nesse cenário que o café especial se fortalece. Porque, quando você entende o valor do trabalho por trás de cada xícara, percebe que investir em qualidade faz sentido. Mais sabor, mais transparência, mais conexão.



O que a gente acredita aqui na Verena

Na Verena, escolhemos trabalhar diretamente com pequenos produtores, torrando com cuidado cada microlote. A gente conhece a história de cada café que chega aqui. Não abrimos mão da rastreabilidade e da qualidade — e tudo isso faz parte da nossa missão: levar até você um café que realmente importa.



💬 Agora me conta: você também sentiu o impacto no preço do café?
    Isso mudou a forma como você escolhe o que vai pra sua xícara?

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